quarta-feira, 24 de novembro de 2010

23/11 – Turma de Especialização em Comunicação e Saúde teve aula sobre Metodologia de Pesquisa

http://www.esp.rs.gov.br/default.asp?mostra=3&id=1072

Na semana em que deve iniciar a elaboração do Trabalho de Conclusão do Curso de Especialização em Comunicação em Saúde, os alunos tiveram uma aula sobre Metodologia de Pesquisa. A professora convidada para tratar do assunto, Maria Isabel de Barros Bellini, Assistente Social, baseou sua aula nos princípios de pesquisa, passando por conceito, modalidades e histórico. Exemplos como as polêmicas pesquisas realizadas, “em nome da Ciência”, no período da Segunda Guerra Mundial, foram utilizados para reforçar a seriedade necessária ao se trabalhar com estudos científicos. Para a professora, “Pesquisa é uma indagação minuciosa, um exame crítico e exaustivo na procura de fatos e princípios” e, por esse motivo, deve ser planejada e executada com dedicação e curiosidade, o principal motor de uma busca bem-sucedida. Por parte dos alunos, houve grande apreciação do tema abordado, que os auxiliará na elaboração de sua monografia, a qual deverá ser entregue em abril de 2011, no encerramento do Curso.Em sua palestra, a professora citou vários pesquisadores, como Rummel (1972), Stevenson (1993), Gil (1994), Leopardi (2002), Spinetti e Fortes (2003), e seus métodos, explicando que, caso seja feita uma pesquisa para manipular os dados, já se saberia o seu resultado e isso não se define como pesquisa. Ela lembrou que, nas pesquisas realizadas na Guatemala, pelos Estados Unidos, que se desculparam depois de quarenta anos, os participantes não tiveram conhecimento dos métodos utilizados, ignorando as informações em relação às doenças e ao seu não-tratamento, o que poderia ter evitado centenas de mortes.

Bellini explicou que os projetos realizados em nome da ciência é muito sério. Por esse motivo, foi criada a resolução CNS 196/96, que incorpora, sob a ótica do indivíduo e das coletividades, os quatro referenciais básicos da bioética: autonomia, não-maleficiência, beneficiência e justiça, entre outros, que visam assegurar os direitos e deveres que dizem respeito à comunidade cientícifa, aos sujeitos da pesquisa e ao Estado.

Durante a palestra, a professora lembrou que em qualquer pesquisa efetuada, os participantes não devem e não podem ser identificados, somente se tiver autorização dos mesmos. As informações tem que ser sigilosas, pois a ideia é proteger pessoas, instituições e locais.

Maria Isabel comentou, ainda, sobre a atuação do Comitê de Ética da Escola de Saúde Pública, do qual faz parte, seus prazos e reuniões mensais para avaliar os projetos e verificar se estão metodológicamente adequados ao formato da ABNT. Exigência essa para todos os alunos dos cursos que a Escola executa.


Jorn. Jovelina Xavier Pinto
Estagiária Ana Luiza Perez
Assessoria de Comunicação
Escola de Saúde Pública do RS

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