sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Superintendente do Canal Saúde faz palestra sobre Comunicação

A aula inaugural do curso de Especialização em Comunicação em Saúde trouxe à ESP o sociólogo, sanitarista, pesquisador e professor Arlindo Fábio Gomes de Souza, que em 1994, assumiu a Superintendência do Canal Saúde da FIOCRUZ, função que exerce até hoje.

Ao falar sobre seu trabalho, o professor lembrou que o Canal Saúde é um projeto da Fundação Oswaldo Cruz/Ministério da Saúde e nasceu das Conferências Nacionais de Saúde, que identificam informação, educação e comunicação como elementos estratégicos na conquista da cidadania plena. Esse veículo produz, difunde e promove a troca de conhecimento, no âmbito da saúde pública e ciência & tecnologia, utilizando recursos audiovisuais e meios complementares.

O sociólogo comentou que a mídia e os gestores da saúde tem conceitos diferenciados sobre esta área e explicou que os gestores trabalham com um conceito mais fechado, restrito, em contraponto com o conceito geral dos profissionais da comunicação. Revelou ainda, que estes profissionais exploram muito mal a área da saúde, afirmando que a “comunicação não é alguma coisa que se possa colocar ou tirar”. E continuou, mencionando que temos uma segmentação do ponto de vista da comunicação como do trabalho. “Se não conseguirmos entender que a comunicação é estruturante não conseguiremos avançar”, frisou e repetiu: “não há limite para o bicho homem-mulher, que se comporta através de determinados estímulos, mesmo sendo moldados desde crianças”, destacou. E prosseguiu seu raciocínio dizendo que se não incorporarmos esse fato, nós seremos seres muito limitados. Por esse motivo devemos deixar fluir o grau de nossa loucura para enxergarmos o mundo pela sua janelinha.

Para ele, quanto mais tivermos a capacidade de poder gerar a informação mais fidedigna e a necessidade de saber, ver para passar a informação, quanto mais nos abrirmos para essa loucura tanto mais teremos a possibilidade de ampliar nossos horizontes.

Essa necessidade no campo da comunicação foi abrindo brechas através de um conjunto de ferramentas. A velocidade com que esses equipamentos se sucedem é incrível. E o interessante nessa tecnologia é a convergência para entender o que o outro quer saber, o sim ou o não.

O palestrante chama a atenção para o fato de que essa convergência vai se dando rapidamente e por essa razão temos que começar a aprender. São linguagens diferentes que tem que convergir. Aprendemos na faculdade que uma coisa é a linguagem de cinema, teatro outra, televisão e cada vez mais elas vão se misturando, isto é, convergindo.

Arlindo citou o fato de que existem aproximadamente setenta redes de relacionamentos virtuais e enfatizou que o conhecimento hoje não está com o professor, na Universidade, no Centro de Pesquisa porque ele não é estático: essa idéia acabou. E mostrou uma pesquisa sobre o que existe em nosso país de novos equipamentos, tanto na área de comunicação como na área médica, desafios da comunicação na área da saúde. “É que o nosso conceito original já foi apropriado pelo marketing.

Criamos a qualidade de vida na saúde e o marketing já se apropriou também.O que usamos para falar em saúde é o conceito ampliado que é entendido como ausência de doença. Fez uma rápida menção quanto à desqualificação das fontes do serviço público, que mentem ou utilizam a informação para promoção da chefia. E trouxe uma informação muito importante: a de que o Brasil tem o melhor programa de prevenção da AIDS.

Assessoria de Comunicação
Jornalista Jovelina X. Pinto e RP Rodrigo Silva
http://www.esp.rs.gov.br/default.asp?mostra=3&id=1028

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